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A Grande Birra - Hora do conto

Foto do escritor: Minês EducaMinês Educa

Atualizado: 27 de set. de 2021

O Jorge está a ter um daqueles dias difíceis «Não vou... não consigo...não quero! Não, não e não. » Nesta história, a mãe do Jorge refere «Estás a ter uma grande birra, Jorge» e então o Jorge olha para todo o lado mas não encontra a birra. O que é a birra? Onde é que está escondida?

Ao longo da história o Jorge encontra a Grande Birra, cuja missão é «fazer com que todos fiquem grandemente mal-humorados». Juntos gritam, batem com os pés e fazem disparates, mas será assim tão divertido estar mal humorado? Jorge descobre que não e aprende o que deve fazer depois de uma birra (e muito importante, aprende a palavra "desculpa").


Este é dos meus livros infantis preferidos, geralmente uso-o para promover o desenvolvimento socioemocional, abordando as típicas «birras», conflitos entre pares e a autorregulação emocional (sempre com a participação dos nossos mais pequenos!).


Utilizo a Hora do Conto para contar esta história promovendo sempre a participação das crianças no seu desenvolvimento - gritamos, batemos com os pés e dizemos que não; procuramos pela sala onde está a Grande Birra e por vezes até a encontramos!




Ao longo da minha formação e experiência, fui-me apercebendo que não só é mais fácil, mas como as crianças também gostam de simbolizar a sua conquista quando conseguem controlar ou terminar uma birra. Então, quando apresento a Grande Birra ao grupo procuro ouvir as suas propostas para a sua missão na sala e contribuo com algumas sugestões.


- Na sala de creche, com crianças de 3 ano, algumas crianças usaram para simbolizar que terminaram a sua birra, ou seja, quando sentiam-se em conflito iam buscar a Grande Birra (ou quando algum par se apercebia ia buscar) e depois celebrava guardando a Grande Birra colocando-a no seu lugar. Esta experiência foi também bastante interessante, pois os pares envolviam-se e ajudavam a criança em conflito.


- Na sala de pré-escolar, com crianças dos 3 aos 6 anos, as crianças construíram uma caixa e chamaram-na caixa da calma, onde guardavam a Grande Birra e os potes da calma da sala. Recorriam ao monstro quando entravam em conflitos com os pares ou se sentiam tristes/chateados. Sentavam-se no sofá da sala e falavam com o monstro ou apenas o abraçavam até se sentirem melhores.


Gosto muito de recorrer ao Monstro da Grande Birra, pois pela minha experiência, as crianças começam a tornar-se mais independentes e conseguem autorregular as suas emoções com mais facilidade.


Noutra publicação vou falar um pouco sobre o pote da calma! :)

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